Tempos idos, foram aqueles em que o simples conhecimento das
letras, da leitura era símbolo de status
social, e servia por vezes como maneira de dominação dos menos abastados que
não possuíam recursos financeiros necessários para conseguir a alfabetização de
sua prole.
O
tempo passou, e por forças de vários tratados internacionais de quais o Brasil
é signatário, e da própria Constituiçao Federal de 1988 que consagra o direito
a educação, o Estado brasileiro investiu e investe muito na educação básica.
Hoje os níveis de analfabetismo no território nacional vem caindo drasticamente
nas ultimas décadas. É bem verdade que ainda há muito a se fazer, mas os
progressos são perceptíveis a todos.
Nos
dias atuais vislumbramos, porém, o surgimento de uma nova categoria de
analfabetos, os “analfabetos digitais”. Com o advento de novas tecnologias, e
meios de comunicação, vemos que as classes C e D brasileiras ainda estão longe
dessa realidade.
O
governo brasileiro, vem promovendo desde 2005, projetos que visam diminuir as
desigualdades ao acesso as novas tecnologias. A famosa “inclusão digital”...
O
problema quando tratamos desse assunto, em geral, é o conceito de “alfabetizar”
que muitas vezes é utilizado quando tratamos da inclusão digital. Existem
varias ong’s e o próprio governo desenvolvem projetos de “inclusão”, o problema
é que as vezes leva-se, por exemplo, vários computadores a localidades
distantes e isoladas, trabalha-se oficinas que em geral duram um ou dois dias e
parece ou subentende-se que o problema esta resolvido.
Infelizmente
não está... vender computadores a preços baixos, ensinar pessoas a “mexer” em
algumas ferramentas do Windows, não promove a inclusão digital. Esse processo é
muito mais amplo, e tem de necessariamente, fazer com que as pessoas
“incluídas”possam usufruir de todas as ferramentas e que essas os ajudem a
mudar a comunidade e a realidade em que vivem.
Infelizmente,
o maior empecilho no Brasil ainda é o aspecto financeiro. É bem verdade que o
valor médio dos computadores tem diminuído, mas só isso não basta. O acesso à
internet ainda custa caro no Brasil, e os telecentros ou pontos de acesso
públicos ainda estão muito aquém do necessário. Enfim caminhamos para um novo
modelo de “analfabetismo”, onde o conhecimento e o domínio das ferramentas das
novas tecnologias podem constituir-se como forma de opressão social e alienação
da massa pobre pelas elites, como outrora foi o conhecimento da leitura.
legal seu blog parabens
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